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A PASTORAL VOCACIONAL NÃO CONH


A PASTORAL VOCACIONAL NÃO CONHECE FRONTEIRAS....
 

 

 

Chamados à comunhão: 

Estamos ainda no clima do Ano Catequético Nacional, do Ano Sacerdotal, da vivência das linhas inspiradoras do Documento de Aparecida, do 12˚ Inter-eclesial das CEBs, das conclusões do Sínodo da Palavra e das Novas Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil dentre outras.

Diante desta variedade de ações pastorais poderíamos nos perguntar se ainda haveria algum lugar para a Pastoral Vocacional, ou qual seria a relação dos projetos pastorais apontados acima com a Animação Vocacional.

Para tanto, faz-se necessário partir de uma premissa importante destacada no Documento de Aparecida: “a pastoral vocacional, que é responsabilidade de todo o Povo Deus, começa na família e continua na comunidade cristã (...) e plenamente integrada, no âmbito da pastoral ordinária, é fruto de uma sólida pastoral de conjunto, nas famílias, na paróquia, nas escolas católicas e nas demais instituições eclesiais” (DAp 314). Ou seja, diante da necessidade de uma pastoral orgânica e de conjunto (DGAE 2008-2010 n˚ 157), a Pastoral Vocacional poderia ser uma dimensão integradora das variadas ações pastorais da Igreja.

Todavia, esta ação de conjunto, relacionada à ação vocacional, implica no envolvimento de pessoas e esta só pode acontecer num dinamismo de aliança e de comunhão com Deus no amor. Ou seja, consciente de que foi escolhida por Deus desde sempre (Jr 1,5), a pessoa que é chamada, deixa-se envolver na aventura da relação e amor. O ser humano de Deus que faz uma experiência diária de comunhão e de diálogo com Deus, descobre no chamado os projetos de Deus à sua vida, identifica-se com eles e aceita testemunhá-los no mundo. E este amor de Deus que lhe enche o coração, compromete-o no amor aos irmãos: “É por isso que todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). E só uma pessoa integrada e em comunhão consigo mesma e com Deus poderá viver também na comunhão das ações pastorais de nossa Igreja (DAp 280).

 A ação vocacional acontece no mistério de Deus

Ainda neste colorido das ações pastorais destacadas no início deste escrito, visando à pastoral de comunhão, precisamos mergulhar um pouco mais na compreensão do mistério vocacional, entendido como “um chamado” de Deus às pessoas; pois, dependendo da compreensão do que é vocação, resultará uma vivência e ação pastoral.

E falar da vocação e das vocações significa falar da realidade mais profunda da pessoa. Não se trata apenas de buscar a satisfação de um mero desejo pessoal ou de se sentir realizado em determinadas tarefas gratificantes. É um processo que se passa ao nível mais profundo da pessoa (Doc 2˚Cong. Vocacional do Brasil, n˚ 16). O mais importante e decisivo é a resposta ao chamado a seguir Jesus na Igreja e a continuar a sua missão no mundo, que pode levar à consagração total da pessoa.

Logo, a ação vocacional:

  • parte do Mistério de Deus para reconduzir ao mistério do ser humano,
  • parte da centralidade da Ressurreição de Cristo na vida da Igreja e na vocação para provocar a resposta da pessoa,
  • parte do dinamismo radical da escatologia para captar os sinais do Espírito na história. Sem esta abertura ao mistério em sentido pleno, não existe vocação nem Pastoral Vocacional, ou qualquer outra pastoral na Igreja. A pessoa humana realiza-se vocacionalmente neste movimento que envolve toda a sua vida e que é o fundamento do caminho de discernime nto vocacional. E assim, “a vocação passa a ser compreendida como categoria relacional e esponsal” (Doc 2˚Cong. Vocacional do Brasil, n˚ 16).

 Chamados a anunciar o Evangelho da Esperança

Toda a pastoral da Igreja tem o seu fundamento teológico na eclesiologia renovadora do Concílio Vaticano II, que define a Igreja como comunhão e missão (LG 4). A comunhão encarna e manifesta a essência da Igreja.

A Pastoral Vocacional situa-se na compreensão da Igreja como comunhão e missão. Sendo assim, os vocacionados ao ministério dão continuidade ao serviço de Jesus, ungido pelo Espírito Santo, para levar a Boa Nova aos pobres, a luz aos que andam nas trevas, a liberdade aos prisioneiros, a vida a todos os seres humanos (Lc 4,18). Toda a vocação na Igreja está ao serviço da santidade! A santidade é intimidade com Deus, é imitação de Cristo pobre, casto e humilde; é amor sem reserva ao próximo e entrega pelo seu próprio bem; é amor à Igreja que é santa e nos quer santos, porque assim é a missão que Cristo lhe confiou.

Por isso, a ação vocacional deve procurar atingir todas as pessoas, em todas as idades e ao longo de toda a vida. A Pastoral Vocacional não conhece fronteiras; dirige-se a todos e não apenas a algumas pessoas privilegiadas, porque todo o ser humano tem o desejo de conhecer o sentido da vida e do seu lugar na história; é uma proposta contínua que não acontece apenas uma vez na vida; não é só para jovens, pois o convite do Senhor a segui-lo dirige-se a todas as idades e a vocação considera-se plenamente realizada na hora da morte. Em síntese: o Ano Catequético Nacional, o Ano Sacerdotal, a vivência das linhas inspiradoras do Documento de Aparecida, o 12˚ Inter-eclesial das CEBs, as conclusões do Sínodo da Palavra e as Novas Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil só terão sentido se apontarem para a dimensão vocacional de toda ação pastoral. É urgente vocacionalizar as pastorais!

 

   Pe Osmar Debatin

(Coordenador da Pastoral Vocacional do Reg Sul IV - SC)

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