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Quando a mudança é necessária
" E da nuvem saiu uma voz: Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz" Mc 9, 7b
Vamos vivendo, levando as coisas adiante, mas, às vezes, como um pequeno relógio interno a despertar, somos avisados, ou mesmo, tomamos consciência de situações em nossa vida que precisam de revisão. Pode ser na área espiritual, afetiva ou profissional. De repente, sabemos que algo precisa ser repensado.
Os nossos estados emocionais, a nossa postura de vida, ou até mesmo, a nossa conta na farmácia nos avisam que algo não vai bem em nossa trajetória. É preciso mudar, é preciso transfigurar para um novo e glorioso estado.
Podemos parar e perguntar. Começar por onde? Quem será o meu guia neste processo? Aonde vou chegar com essa atitude?
Na verdade, é um salto no escuro. Não temos certeza absoluta de onde vamos chegar, existe um risco inerente. Mas sabemos de onde vamos partir:
D'Ele, que é o caminho, a verdade e a vida.
Jesus nos mostra que Deus nunca esteve contra a humanidade e a vida, que não nos criou para o sofrimento e a indignidade. Nascemos para voar, nascemos para a transcedência e a plenitude. Aí está a nossa força para a mudança, aí está o maior referencial para abrirmos uma nova picada no meio da mata. Jesus, as mãos amorosas de Deus a nos tocar.
Vai dar trabalho? Vai. Vai ser rápido ? Pode ser que sim, mas provavelmente não. Vai exigir decisão? Com certeza.
O importante é não tomarmos decisões em momentos de crise. Ou achar que tudo vai mudar de um dia para noite. Mas, se existe necessidade interna, precisamos assumir a responsabilidade pela dor emocional e física e tomarmos a decisão. A ressurreição de Jesus aconteceu após a cruz. A dor pode ser o anúncio de um novo tempo.
Que a luz de Deus, nesta nova semana, nos ilumine estradas novas para que possamos transfigurar nossa existência, e assim, clarear o nosso mundo com sóis de justiça, estrelas de misericórdia e luas de compaixão.
A força de um projeto ameaçada pela tentação
" E Ele ficou no deserto durante quarenta dias e aí foi tentado por satanás". Mc 1, 13a
Embora as situações não estivessem todas esclarecidas para Jesus que, também teve que ir vivendo e descobrindo nos acontecimentos a vontade do Pai, algo estava resolvido: Ele havia optado pelo caminho da vida.
Desta forma, estar em deserto, é estar a sós com as próprias convicções, e se deparar com o próprio eu, com um projeto de vida. Satanás significa adversário, ou seja, tudo o que se opõe à força geradora da vida. Jesus, assim como eu e você, se vê tentado, muitas vezes, a abandonar os projetos de vida para aderir aos projetos de satanás.
Não é verdade que, em inúmeras situações nos vemos seduzidos a deixar as nossas convicções mais profundas para assumir outras posturas? O nosso coração, em situações rotineiras não se vê tentado a desistir de tudo, ou para ficarmos assentados na calçada da vida a implorar ou, simplesmente para estarmos do jeito mais fácil?
Estar consciente das próprias convicções, estar atento à força das tentações, e fortalecer a vontade no caminho que leva a vida é essencial para que não sejamos derrotados.
Porque nem tudo que é fácil é bom, nem tudo o que proposto vale a pena, nem todo caminho nos conduz à vida.
Abraços.
A queda pode ser o início de um novo caminhar
Saber lidar com momentos de dificuldade e angústia pode ser o começo de uma nova etapa de vida
“ E Ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se” Mc 1, 31a
Quem nunca fez a experiência de estar caído por algum motivo?
Quer seja pelas decisões que tomamos e que nos levaram a situações de angústia e sofrimento, quer seja por adversidades que sobrevieram à nossa vida e que não tivemos a estrutura ou maturidade para lidar com elas, usando de equilíbrio e serenidade, a queda faz parte do existir humano.
Daí vem o sentimento de pequenez, de vazio, de “não poder”, de desistir....
Pode ser que você esteja passando por um momento assim e se perguntando, e agora o que fazer?
O mais importante nestes momentos é trazer à lembrança que, parte da experiência da vida humana, e porque não dizer toda; é aprendizado. E aprendizado supõe cair e levantar-se, como uma criança que deixa de engatinhar e começa a dar os primeiros passos.
Nem tudo que fazemos contribui para o nosso crescimento, nem tudo pelo que optamos na vida nos trará mais felicidade. Aprender os melhores caminhos e discernir pelas experiências que nos farão pessoas melhores, faz parte da vida. E isso supõe que você e eu passemos pela experiência da queda.
Desta forma, o levantar se torna quase uma necessidade. O estar no chão, o perder amigos, o esvaziar-se, não tem sentindo em si mesmo.Senão para que possamos recobrar a consciência, aprender com os erros e novamente dar passos firmes, encher-nos de esperança e, como a flor do girassol, poder olhar para a luz.
O contato com o divino, abriga esta nova paisagem, como uma janela que antes fechada e agora aberta, dá lugar ao calor, ao vento à uma nova possibilidade.
Quais as janelas que podemos permitir que sejam abertas em nossa vida hoje?
E que muitos girassóis se abram em seu jardim.
Hoje é dia de se encantar com a vida
Acolha as novas possibilidades de ser feliz
“ Cantai ao Senhor um cântico novo“ Salmo 96, 1a
Chega a segunda-feira e você se lembra do trabalho, da escola ou faculdade, dos afazeres domésticos e bate aquele desânimo. A primeira impressão é que terá que repetir tudo novamente, como se fosse um CD rodando a mesma música, como se apenas a data mudasse e tudo permanecesse a mesma coisa. É a chamada “síndrome de Gabriela”: eu nasci assim, vou crescer assim, vou ser sempre assim... vou ser sempre igual, sempre Gabriela.
Na verdade o que permanece igual é a nossa atitude, porque as coisas estão vertiginosamente em movimento: nada é igual. O nascer do sol será novo, o cantar dos pássaros será diferente, as pessoas estarão passando por momentos diferentes e pode ser que, naquela esquina você se encontre com alguém nunca visto. A terra está em movimento, o mar está em dinâmica, o universo está em expansão...
O hoje traz sempre novas possibilidades, novas oportunidades, novos espaços de vida.
A questão é que, se você observar bem, as coisas exteriores são reflexo da sua interioridade. Se você espera o mesmo, ainda que o diferente se apresente, é bem provável que você encontre apenas o igual, a rotina, a repetição. Mas se o Espírito interior de renovação jorra a partir do seu centro vital; o novo se fará, e a realidade de cada dia poderá se encantar.
Dê uma chance a si mesmo. Você já imaginou quantas oportunidades tem perdido em ser mais feliz, simplesmente por estar anestesiado e projetando sempre os mesmos filmes em uma tela que já não é mais a mesma?
Nesta nova semana, se encante pela vida. Faça do simples abrir de uma porta, um bom dia ao vizinho, o tocar do rosto de alguém querido; um momento especial, porque na verdade ele é especial. Ele é único, irrepetível, intransferível.
Você nunca mais, terá uma semana como esta. Terá outras, mas como esta não. Coloque o teu coração e tua energia nas pequenas coisas, fazendo delas, grandes momentos de vida, e realização. Ponha a tua essência interior no aqui e agora, no hoje...
Se encante com a vida, se encante com você! Seja feliz.
Abraços e uma ótima semana.
Eu quero dar passos na fé
Levanta, liberta-te, dá passos na busca de ti mesmo e do outro
O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. Mc 2, 12 a
Resultado do encontro de duas realidades; a fé das pessoas e a misericórdia divina. O fato de estarmos paralizados para o amor e o serviço torna-se cada vez mais comum nos dias de hoje. Não damos passos em nossa busca humana; em lugar de mais próximos, nos tornamos mais distantes, em lugar da misericórdia, nos tornamos mais intolerantes, em lugar de sermos mais humanos, nos instrumentalizamos.
A força libertadora de Jesus vem e nos toca neste dia, e nos curando por dentro nos habilita a caminhar de outra maneira. É como se Jesus se rebelasse contra todo sistema que justifica a dor, a depressão e a opressão das pessoas e dissesse : levanta, liberta-te, dá passos na busca de ti mesmo e do outro.
Parece distante, mas está muito próximo de nós.
Às vezes fico impressionado em como somos capazes de, com o tempo, mudarmos para algo menos bom. Pessoas que moram debaixo do mesmo teto e mal trocam um bom dia. Colegas de trabalho que passam oito horas por dia juntos e que há anos são incapazes de dirigir um elogio um para o outro, seres humanos que se matam em nome de uma “fé”.
Tomar consciência da própria paralizia é o primeiro passo, querer caminhar, o segundo, e tornar possível esta nova realidade por meio de uma atitude de fé, o terceiro: eis o milagre de Jesus em nossas vidas.
Que o Senhor Jesus conceda a mim e a você a graça de sermos libertados de toda paralisia. Caminhar é preciso.
Assumir as consequências das próprias decisões
“Se o grão de trigo que cai na terra, não morre, ele continua só um grão, mas se morre, produz muito fruto”.
(Jo, 12, 24b)
Parece um sinal dos nossos tempos o desejo por sermos livres para tomarmos nossas próprias decisões. Em tempos muito próximos a família tinha um peso muito grande na hora de decisões vitais serem tomadas. Não que hoje não seja assim, mas, o papel do indivíduo vem sendo muito mais valorizado. Da mesma forma, algumas instituições que tinham grande poder sobre a vida das pessoas no momento de avaliar critérios, hoje, são apenas mais uma voz em meio a tantas.
Penso que é maravilhoso entrarmos num período em que o Espírito de sabedoria e luz, presente em cada ser humano, vem sendo encontrado e valorizado, dando a estes, o espaço para serem. Da mesma forma, assistimos meio que perplexos, o mesmo ser humano que deseja ser livre para decidir, não encontrar nas consequências destas posturas as marcas do próprio eu.
Em minha opinião, ser livre, não significa ser irresponsável. Construir a possibilidade de decidir sobre o queremos para nós mesmos, na realidade, é uma conquista. Isto, no entanto, não me dá o direito de desrespeitar o espaço do outro, ou mesmo, desequilibrar o frágil sistema da vida.
Hoje, mais do que nunca, é necesário pensarmos sobre as consequências que advêm das nossas decisões e nos encontrarmos, de maneira serena, com a chamada liberdade responsável.
Por vezes, reclamamos sobre nossas vidas, sobre o que existe em nossa existência, em nosso corpo, em nossa emoção.... Mas, já paramos para pensar sobre o quanto, as decisões que tomamos tem interferido na forma em que vivemos? É fácil, culpar o outro, ou mesmo, nos assentarmos na calçada da vida e desistirmos. Mas isso é o melhor para nós?
Penso que Jesus é a plena consciência do ser. Mesmo antevendo as consequências que viriam sobre a sua vida por causa da sua postura, por sua causa da sua adesão ao projeto do Pai. Ele, livremente, conscientemente, fez opção por continuar e ser fiel até o fim. Porque sabia das consequências que as suas decisões poderiam provocar. Consequências positivas; de vida, libertação, salvação para mim e para você, para todos nós.
Nesta semana, optemos pelo caminho, pela verdade e pela vida; optemos por Jesus. E que esta decisão gere muitos frutos em nossas vidas.